As vezes as pessoas se perguntam, se seria melhor crescer com uma idéia definida do que fazer, do que cursar, que profissão seguir... Eu sempre fui um bom exemplo de indecisão, até certa idade, tinha plena convicção de que queria fazer medicina pediatrica, mas vi que o que eu gostava mesmo, era de cuidar de crianças, ter um contato maior, vontade esta, que resolvi trabalhando voluntariamente no Ministério Infantil e até hoje, no berçario da minha Igreja. Fui crescendo, e no inicio da adolescencia, decidi que queria fazer moda, o desenho sempre me acompanhou, essa habilidade já era antiga, derrepente me vi desenhando modelos de roupas, interessada em tendências, em estilos e, assim, decidi comprar uma máquina de costura e ir em frente com esta idéia, talvez, um tanto preciptada. Ao mesmo tempo, já escrevia textos e poesias, era timida, tinha dificuldade em me expressar e, encontrava nestes, uma forma de desabafar e expor meus sentimentos, a poesia também já estava comigo há algum tempo, lembro de ter participado de um clube de poesia, quando ainda estava no ensino fundamental e apenas foi amadurecendo junto comigo, com ela, veio a idéia de virar escritora, ou mesmo algo relacionado a literatura. Com o tempo, foi surgindo uma desconhecida paixão por fotografia, tirava milhares de fotos, buscava a essência de cada imagem, formas e soluções para edições, cheguei a fazer vários "ensaios fotográficos" de pessoas próximas e conhecidos. Porém, o desejo de tornar algo profissional foi curto, depois de analisar o mercado, a concorrência e, mesmo com o passar do tempo, decidi deixar como um hobby. Mais tarde, mas também brevemente, a idéia de fazer piscologia, pelo anseio de ajudar pessoas, de aconselhar e compartilhar, vivências, dúvidas e questionamentos, a vontade que, acabou sendo exercida diariamente e até hoje, em conversas com pessoas, tanto próximas quanto, muitas sem nem conhecer, mas que se abrem, encontram aconchego e contam seus problemas, seus receios, e com isso fui aprendendo e ensinando, que não precisamos errar para aprender, é apenas preciso ver, ver os erros dos outros, e usar de exemplo. Não quero dizer que, não se deve viver nem errar, mas que, certas coisas, é bom evitar ! A paciência de ouvir, foi se tornando uma virtude. Passando a, muitas vezes, esquecer dos meus próprios problemas para ouvir o dos outros. E ainda como essa paixão por ouvir e compartilhar, juntamente a por escrever, queria passar isso ao mundo, através do jornalismo, que, acredite ou não, esta surgiu do filme "De repente 30" ! Aquela que, muito além de apenas a história de uma garota que acredita que 30 é a idade do sucesso, pelo menos pra mim, era a mostra da verdadeira essencia de uma revista, seus ideais, o que ela realmente devia transmitir e, de que forma, ela poderia ajudar os leitores, porque acho que, muito além de noticias, as pessoas, principalmente o público feminino, busca soluções para as questões do dia a dia, busca a resposta para questões tradicionais, estas que, todas nós um dia já enfrentamos. A ideologia do jornalismo, ao contrário de outras, durou um bom tempo. Já estava praticamente decidida. Me sentia completa, por estar chegando ao final do colegial, sabendo o que eu queria fazer. Mas lembro que, quando alguém me questionava sobre o que eu queria fazer, citava todos, todos os itens acima citados rsrs. Ainda com prioridade, estava o jornalismo, porém, em mais uma das minhas inúmeras análises, pesquisas e principalmente, depois de uma palestra sobre a profissão, percebi que, não estava pronta e, nem mesmo simpatizava com o dia a dia de trabalho de um jornalista. Sem deixar a escrita de lado, optei por um blog. Comecei a ficar aflita, me senti voltando ao ponto de partida, ou mesmo diante de um abismo, entre eu, e a pressão da escolha. Porém, fui sensata e, decidir dar um tempo, pra mim mesma, para poder pensar com calma no que eu realmente queria fazer e não tomar nenhuma decisão preciptada. Decidi cursar arquitetura, mas mais uma vez, ao parar pra pensar, percebi que, o que eu realmente gostava era decoração, desde criança e, até hoje, no mesmo instante em que entro num ambiente, começo a vizualizar mentalmente, mudanças que eu faria naquele local, o que o favorecia, o que não, o que o tornaria mais acessivel, assim como mais flexivel, o que tornaria aquele local, um lugar agradavel, que acolhesse, que trouxesse aconchego, um pouco da história daquele lugar, a que já tinha e, a que passaria a ser escrita, a partir de então. Percebendo que, meu real interesse não era constuir e sim, formular, não era o exterior, mas o interior, decidi fazer Design de Interiores e, mais uma vez, as dúvidas, anseios e receios, começaram a surgir, mesmo sendo uma paixão antiga, sempre considerei apenas como um hobby, talvez nunca tenha visto por um lado profssional. Acho que, o momento que eu percebi que, era isso que eu realmente queria, foi quando eu vi que era isso que eu queria fazer, todos os dias, ciente que ia ter dias bons e ruins, dias de alegria, assim como de frustração, mas que, me empolgaria a planejar cada espaço, cada minimo detalhe. Estava ciente de que, não seria facil, mas que com isso, estaria realizando, um pouquinho de cada coisa, a qual eu sempre quiz, se fizer uma boa análise do design de interior, ele engloba, cada uma dessas coisas e as torna, tudo uma coisa só. Coisas que, se prestaram atenção, eu já fiz. Independente do amanhã, eu já me sinto realizada, porque consegui, mesmo que por um instante, fazer tudo o que eu quiz.
Por isso, fica o conselho, de ontem em diante... reinvente-se sempre !